Desenhista e botânico, de 1805 a 1810 criou e dirigiu um Horto Botânico na ilha de Santa Helena. Entre 1811 e 1815, pesquisou a fauna e a flora da África do Sul, compondo cerca de quinhentos desenhos, material publicado em Londres no livro de sua autoria Travels in the interior of South Africa (1822 a 1824). Chegou ao Rio de Janeiro em 1825, na companhia do embaixador Charles Stuart de Rothesay e do pintor Charles Landseer, integrando, como pintor particular, a missão incumbida de reconhecer a independência brasileira e firmar um tratado de comércio com D. Pedro I. Permaneceu cerca de oito meses no Rio de Janeiro, onde executou um conhecido panorama circular da cidade, a bico de pena e aquarela, pertencente ao acervo da Biblioteca da Universidade de Witwatersrand (Johannesburg, África do Sul).
Do Rio de Janeiro seguiu para Santos, e percorreu os arredores da cidade de São Paulo. Já em 1827 partiu para Goiás e posteriormente para o Pará. Em 1830 voltou para a Inglaterra. Fruto de suas pesquisas, consta que levou do Brasil 7.200 espécies de plantas coletadas e descritas. No Brasil, integra os acervos da Biblioteca Nacional e do Instituto Moreira Salles, que possui hoje o Highcliffe Album, organizado por Landseer. Em 1999, os desenhos e aquarelas do Highcliffe foram expostos em São Paulo (Fundação Maria Luísa e Oscar Americano) e no Rio de Janeiro (Centro Cultural Banco do Brasil) na mostra Brasil 1825-26: Charles Landseer e a missão britânica e trabalhos de Burchell, Chamberlain e Debret. Trazido para o Brasil por Alberto Rangel em 1924, o material foi leiloado em Londres pela Christie's em 1999. Adquirido então pelo Instituto Moreira Salles, foi exposto em 2000 no seu espaço cultural do Rio de Janeiro e integrou a Mostra do Redescobrimento, no Parque Ibirapuera, em São Paulo.