Conservação programada
Em decorrência dos altos custos das intervenções de restauro no patrimônio edificado, não só do ponto de vista econômico mas em relação aos impactos verificados na própria obra e no meio ambiente em geral, há uma tendência para sistematizar os procedimentos de manutenção.
A prática da manutenção, embora não seja uma novidade do campo edilício, não se verifica como uma atuação racional em prol de preservação. Ao se encarar a manutenção como uma ação que previne e evita a necessidade de intervenções de maior porte, a sua aplicação se torna um instrumento da maior importância na conservação preventiva dos monumentos antigos.
A manutenção, no âmbito da conservação preventiva, permite controlar de modo racional as transformações do monumento em estreita relação com a natureza dos materiais, as características técnicas e a interação com o ambiente circundante, e então programar as intervenções de restauro necessárias.
Os planos de conservação programada comportam ainda vantagens econômicas, pois além de reduzir a emergência e a necessidade de trabalhos fragmentados e urgentes, permitem o planejamento dos investimentos para preservação dos bens culturais de forma sustentável.