Gerenciamento ambiental
A Biblioteca Rui Barbosa, mantida em seu espaço original, é composta de 37 mil livros, organizados em estantes de madeira encomendadas para servir aos ambientes onde estão instaladas. Desde 2002, as condições ambientais (temperatura e umidade relativa do ar) vinham sendo monitoradas, revelando altos índices durante todo o ano.
Estes altos índices, aliados à poluição atmosférica, comprometiam a preservação do valioso acervo e o conforto do visitante. A instalação de um sistema de condicionamento tradicional para sanar os problemas ambientais causaria danos irreversíveis ao tecido histórico da edificação.
Diante disso, a Fundação Casa de Rui Barbosa, em parceria com o Getty Conservation Institute e com o patrocínio de Vitae, Apoio à Cultura, Educação e Promoção Social, implantou um sistema de controle climático alternativo ao sistema tradicional de condicionamento de ar, para garantir a preservação da coleção, do edifício histórico e para melhorar as condições de conforto dos visitantes. Diagnósticos e avaliações do edifício, da coleção, do clima, bem como o monitoramento de poluentes, levaram ao desenho de um sistema para moderar o clima interior. Mitigaram-se primeiramente as condições favoráveis à biodeterioração e, na seqüência, aquelas que promoviam danos mecânicos e químicos às coleções.
Considerou-se então primordial restaurar e manter as suas características físicas originais, especialmente as de portas e janelas, forros, pisos e alvenarias, realizando intervenções que fossem distinguíveis e reversíveis. Esse sistema, baseado na ventilação e na desumidificação, foi localizado no porão e no entreforro, de modo a preservar a visualidade dos ambientes e da coleção da biblioteca do Museu-Casa