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Rocalhas na parte frontal do Jardim da FCRB
Foto: Clarice Goulart

Para realizar a obra de revitalização e restauração do Jardim Histórico da Fundação Casa de Rui Barbosa(FCRB) foi contratada, através de licitação pública, a empresa Velatura Restaurações. Com o intuito de conhecer mais sobre o projeto e sobre o trabalho da empresa entrevistamos o arquiteto e sócio da Velatura, Wallace Caldas.

 

Blog: Como funciona o trabalho da empresa com as restaurações? Quais são os desafios diários com os quais vocês lidam ao ter que apresentar melhorias preservando as obras?

Wallace Caldas: A Velatura trabalha com as restaurações em um limite tênue, onde é necessário verificar o que deve sofrer intervenções e o que deve ser protegido. Nas rocailles do Jardim da FCRB, por exemplo, foi necessário analisar quais partes destas passariam por modificações e quais passariam apenas por um processo de limpeza. A restauração acaba sendo, portanto um trabalho minucioso, onde cor, textura e intensidade das obras devem ser preservadas. Atuamos na maioria dos casos apenas sobre a superfície degradada, para que não seja criada uma aparência de novo no objeto e seu valor histórico e temporal não seja prejudicado.

Rocalhas na parte frontal do Jardim da FCRB Foto: Clarice Goulart
Rocailles na parte frontal do Jardim da FCRB
                          Foto: Clarice Goulart

Blog: O projeto de revitalização e restauração do Jardim Histórico da FCRB é pioneiro no Brasil. Qual a importância de sua realização?

Wallace Caldas: Primeiramente, deve-se destacar que o Jardim Histórico da Fundação apresenta extrema importância para a cultura do país por ser um elemento tombado, e, portanto pertencer ao patrimônio histórico.  Além disso, após mais de um século de existência, o estado de conservação do local necessita de uma ação restauradora para que daqui alguns anos não se percam peças importantes para sua composição.

 

Blog: Quais os principais desafios que a Velatura encontrou até agora no projeto de revitalização e restauração no Jardim da Casa de Rui Barbosa?

Wallace Caldas: O primeiro desafio que encontramos foi a não correspondência entre a identificação do material de algumas peças no anteprojeto em relação com a realidade. Detectar o nível de dificuldade da ação tornou-se possível apenas quando colocado em prática o projeto, pois foi quando abrimos e limpamos os objetos de fato, que fizemos as maiores descobertas. Como exemplos, posso citar a paginação de piso do quiosque, que teve de ser redesenhada e também o parreiral, que apresenta diversas partes enferrujadas e áreas desequilibradas. O caso que até agora me chamou atenção, porém, foi o da estátua da águia com a serpente, por parecer o elemento mais degradado e também por ser um objeto artístico e único.

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