Foi em Florença no ano de 1981, no Conselho Internacional de Monumentos e Sítios(ICOMOS) que a preocupação com a preservação de jardins históricos tomou parte oficialmente no quadro de questões relacionadas ao patrimônio. Redigida pelo comitê Internacional de Jardins e Sítios Históricos, a carta mostrou-se importante ao estabelecer uma primeira definição do que é um jardim histórico, alem de afirmar a importância destes para sociedade, visando à criação de parâmetros para a conservação desses espaços.
Dividida em seis tópicos principais, a Carta de Florença aprofunda-se em relação ao que havia sido apresentado sobre jardins históricos na Carta de Veneza, redigida em 1964. O documento é iniciado pela criação de definições e estabelecimento de objetivos com relação ao objeto trabalhado. Posteriormente é falado sobre as formas de preservação e manutenção dos jardins históricos, visando questões não apenas ambientais, mas também sociais.
Em 2010 no I Encontro Nacional de Gestores de Jardins Históricos, baseando-se nas definições de Florença, foi elaborada uma carta similar, referente à preservação destes jardins em território brasileiro. A Carta de Juiz de Fora, nome dado em razão do local da realização do evento, buscou aprofundar mais ainda o que havia sido trabalhado no documento de 1981, adaptando seus parâmetros para a realidade do Brasil.
Diversos especialistas ligados à preservação de patrimônio cultural e natural foram responsáveis pela elaboração desse estudo. Separada em onze tópicos, a Carta traz um olhar detalhado que define, cita a importância dos jardins históricos e cria modelos para sua preservação. O ponto mais trabalhado na carta é o que diz respeito à conservação e manutenção, onde são dadas diversas recomendaçõe s para que a revitalização, restituição e restauração de tais ambientes seja feita de maneira mais eficiente e correta.