* Luis Guilherme Sodré Teixeira
* Bacharel em História e pós-graduado em filosofia;
Pesquisador do Setor de História da Fundação Casa de Rui Barbosa
Durante todo o séc. XVIII, Botafogo foi um distante arrabalde que fazia parte da isolada freguesia rural de São João Batista da Lagoa. Suas vastas terras serviam, sobretudo, de passagem para os fortes do litoral sul ou para a freguesia de Sacopenapã (atual Rodrigo de Freitas) onde, desde o séc. XVI havia um Engenho Real . Em 1702, inicia-se o processo de repartição de suas terras, com o surgimento de três grandes chácaras: a de Olaria, que compreendia quase que a totalidade do bairro atual, a do Outeiro e a do Vigário Geral.
Com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, a cidade se beneficia do incremento dos serviços, do comércio e do crescimento populacional, que leva os mais abastados a procurarem áreas afastadas, fora das freguesias centrais. Com clima ameno e agradável, cercado de belezas naturais, a freguesia de Botafogo começa a atrair a atenção dos nobres da corte, de comerciantes portugueses ricos, bem como do corpo diplomático credenciado junto à corte, que nele constroem suas casas de residência ou veraneio. Em princípios do séc. XIX, D. Carlota Joaquina, esposa de D. João VI, manda construir uma casa situada na Praia de Botafogo, esquina do caminho Novo (atual Marquês de Abrantes):
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