Passeio Público

PROJETO DE GLAZIOU PARA A REFORMA DO PASSEIO PÚBLICO. No projeto de Glaziou para a reforma do Passeio Público estão assinalados os principais elementos construídos: o bistrô, a casa do administrador, o par de pirâmides, a fonte, o lago. (BN)
PASSEIO PÚBLICO. Glaziou instalou-se num chalé construído dentro do parque, à direita do portão principal. (R. H. Klumb. BN)
PASSEIO PÚBLICO. À esquerda da entrada, foi construído um pequeno pavilhão para funcionamento de um bistrô. (R. H. Klumb. BN)
PASSEIO PÚBLICO. No lago, uma pequena ilha com vegetação. Ao fundo as duas pirâmides de granito, (R. H. Klumb. BN)
PASSEIO PÚBLICO. Glaziou inaugurou no Passeio Público um paisagismo que mantinha as obras originais de Mestre Valentim. Vê-se a parte de trás do Chafariz dos Jacarés, junto ao antigo terraço. (R. H. Klumb. BN)
PASSEIO PÚBLICO, cerca de 1862, (R. H. Klumb. BN)



O primeiro jardim público do Rio de Janeiro, inaugurado em 1783, foi o Passeio Público. Projeto de Valentim da Fonseca e Silva, o mestre Valentim, tinha originalmente traçado à francesa, em terreno murado que chegava à beira-mar, o que lhe dava uma perspectiva infinita.

Ao ser inaugurado o Passeio Público tornou-se o único lugar de recreio da população carioca, fato que não impediu a sua lenta degradação. Em 1860, foi contratada a execução de obras de reforma, e sua manutenção por 10 anos, segundo plano apresentado por Francisco José Fialho e o botânico Auguste Glaziou.

A nova composição agregava elementos do jardim à inglesa e tentava dar ao parque uma aparência semelhante à dos parques contemporâneos europeus. No novo projeto, o ponto de vista único e ideal foi substituído pela diversidade de pontos de observação e o eixo longitudinal de simetria substituindo por uma sucessão de planos. Havia caminhos sinuosos, pavilhões, árvores e plantas nativas e água jorrando pela fonte dos jacarés, no grande tanque. As pirâmides de granito, liberadas da vegetação que as encobria, passaram a exibir os medalhões com inscrições do tempo do idealizador do Passeio Público, o vice-rei D. Luís de Vasconcelos.

As fotografias do Passeio Público são de autoria de Revert Henrique Klumb (Alemanha, 183? — s.l. ca. 1886). Radicado no Brasil, dirigiu estúdio de fotografia e litogravura no Rio de Janeiro e atuou em Petrópolis. Professor de fotografia das princesas imperiais, obteve o título de Photographo da Casa Imperial em 1861. Foi autor do livro de fotografias Doze Horas em Diligência. Guia do Viajante de Petrópolis a Juiz de Fora (1872), o que o tornou um dos pioneiros da edição de livros de fotografia no Brasil. Sua trajetória está comentada em Revert Henrique Klumb: um alemão na corte imperial brasileira, de Pedro Vasquez (Ed. Capivara, 2001).

A documentação fotográfica aqui apresentada pertence à Coleção D.Teresa Cristina Maria, da Biblioteca Nacional, e foi realizada, provavelmente, por ocasião da inauguração do novo projeto do parque, em 1862.

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créditos | Fundação Casa de Rui Barbosa