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    Segunda Conferência da Paz


     

    Ao longo do século XIX, a industrialização e a expansão do comércio no mundo levaram as grandes potências a uma busca de medidas de salvaguarda ao comércio, à propriedade privada e aos investimentos quando os conflitos armados não pudessem ser evitados.

    Ao final do século, contudo, o concerto de nações europeu, que garantia a manutenção da paz entre as potências, ficou ameaçado com a formação de dois blocos de nações e a subseqüente corrida armamentista. Nestas circunstâncias foi convocada pelo czar russo, Nicolau II, a Primeira Conferência da Paz, onde firmou-se, com a anuência de 26 nações, a Convenção de 1899, normatizando os bons ofícios, a mediação e a arbitragem, e tratando dos direitos dos beligerantes e dos neutros.

    No dia 15 de junho de 1907, em Haia, na Holanda, foram abertos os trabalhos da Segunda Conferência da Paz com a presença de 44 delegações representando nações européias, americanas e asiáticas. O imperialismo, a corrida armamentista, e as disputas entre as potências só haviam aumentado entre as duas reuniões. A novidade de 1907 era a presença das nações latinoamericanas que, com exceção do Brasil e do México, não haviam recebido o convite para a Primeira Conferência. Os Estados Unidos garantiram a participação dos latino-americanos numa afirmação, para as Américas e para as potências, da Doutrina Monroe, que defendia a integridade e a soberania das repúblicas do hemisfério.

    O objetivo da Conferência de 1907 era aprimorar os mecanismos internacionais de resolução pacífica de conflitos entre as nações criados na Primeira Conferência, tratar dos direitos de beligerantes e neutros e promover a constituição de dois tribunais internacionais: um de presas e um de arbitragem. Com relação aos dos tribunais, os projetos apresentados pelas grandes potências classificavam os países de forma que apenas as potências industriais ou militares tivessem juízes permanentes.

     



    Publicada em 06/06/2007
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