Doação de mudas de camélias para o Ministério Público Federal
Recebemos hoje, dia 08/05/2019, a visita dos procuradores federais Dr. Cássio Américo da Silva, chefe da secretaria geral, e Dr. Luiz Antônio da Silva, chefe do cerimonial, que receberam cinco mudas das camélias da espécie Camellia japônica, mesmo exemplar plantado por Rui Barbosa no jardim de sua residência no início do século XX.
Os procuradores federais foram recebidos por Lucia Velloso, presidente substituta da Fundação Casa de Rui Barbosa, Ana Lígia de Medeiros, a diretora do Centro de Memória e Informação, Jurema Seckler, chefe da Divisão de Museu, Nayara Cavalini, Museóloga, Amarildo Coelho, Chefe de Jardim e Wesdrass Nunes, Jardineiro.
No próximo dia 13 de maio, comemorado dia da abolição da escravatura, haverá uma cerimônia nos jardins do Ministério Público Federal, em Brasília, com a presença da Dra Raquel Elias Ferreira Dodge, Procuradora-Geral da República.
O dia foi escolhido em função da flor ser o símbolo do movimento abolicionista. De acordo com Eduardo Silva, pesquisador aposentado da FCRB, no livro, As camélias do Leblon e a abolição da escravatura “Naquele tempo, usar uma camélia na
lapela, ou cultivá-la acintosamente no jardim de casa, era uma quase confissão de fé abolicionista”.
Sobre a Camélia
O Jardim Histórico da Fundação Casa de Rui Barbosa possui três camélias. Um arbusto está no canteiro Herma de Rui Barbosa e outros dois ficam na frente do Museu no Canteiro Águia e Serpente, confira a foto.
A Camélia é uma planta ornamental, encontrada com facilidade em jardins privado e parques públicos. A floração acontece entre de junho e novembro. Todas as três camélias do jardim histórico produzem flores na cor rosa.
Nativa da Ásia oriental, é considerada exóticano Brasil.Uma curiosidade é que das sementes extraí-se um óleo (tsubaki), utilizado no Japão, como amaciador ou também usado em massagens para a pele.
Técnica de cultivo
Desde o dia 22 de março a equipe de jardinagem iniciou os procedimentos para o cultivo das mudas de camélia. A técnica utilizada é a alporquia (ou alporque), um dos métodos mais antigos de propagação de mudas, que consiste na reprodução assexuada de plantas pelo estímulo do crescimento de raízes em um ramo selecionado, envolvido com musgo. Após a formação de raízes nesse ramo, é possível transplantá-lo para um vaso adequado. As tentativas de alporquia foram acompanhadas diariamente pelos jardineiros, pois trata-se de uma técnica que necessita de tempo para obter sucesso, cerca de 1 a 2 meses, E, uma vez transplantada, é necessário mais tempo para que a muda se adapte ao vaso transplantado.
Publicada em 08/05/2019 | | |