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A Escritos 8 já está no ar. Os artigos deste número se concentram em torno de dois eixos importantes das tradições de pesquisa da Casa de Rui Barbosa: a cidade moderna e suas representações – mais particularmente a modernidade de fins do século XIX e princípios do XX – e a relação entre literatura e acervos. Um terceiro núcleo é o dos estudos jurídicos, que a revista sempre se esforça por acolher.

Algumas dessas contribuições vêm de parceiros internacionais regulares da Casa, como o “quase brasileiro” James Green, da Brown University, e a brasileira radicada em terras gaulesas Claudia Poncioni, da Sorbonne Nouvelle-Paris 3. Mas também contamos com parceiros novos, como Marie-Ève Thérenty, da Université de Montpellier 3, e Ezequiel Abásolo, da Universidad Católica Argentina. No front doméstico, as redes interdisciplinares da Casa Rui se fazem representar por uma variedade de linguagens artísticas para além da literatura: cinema, no artigo de Sheila Schvarzman; música, no de Marcia Taborda; e artes plásticas, no de Sylvia Ribeiro Coutinho.

Ao reunirmos os artigos da área literária sob a rubrica “Literatura e acervos”, forçamos um pouco a mão da homogeneidade, como em toda classificação: enquanto o trabalho de Ana Utsch se volta para a questão da materialidade e da técnica – aliás aspecto importante nas atividades da FCRB –, o de Marta de Senna está preocupado com os esforços de “nossa vã filosofia” no difícil mas necessário exercício da comparação. Ainda sobre leitura e ideias, mas na área do direito, há o estudo de Paula Velloso sobre a recepção de Kelsen no Brasil. Para a seção Entrevista, fomos mais uma vez buscar uma figura de proa da ciência política, Argelina Cheibub Figueiredo, especialista em instituições políticas, que nos últimos tempos enriquece o quadro (já tão rico) do Iesp/Uerj. Ela é aqui entrevistada por nosso colega Fábio Kerche e pelo cientista político João Feres Júnior. Como resenhistas, contamos com dois também tradicionais colaboradores de peso, Luiz Costa Lima e Vera Lins.

Nunca é demais lembrar que, desde o número 7, a Escritos pode ser lida on line ou na materialidade do papel – com o sistema print on demand nos permitindo oferecer essa simpática opção aos leitores que, como nós, valorizam tradição e modernidade. O projeto da revista Escritos é um antigo sonho do Centro de Pesquisa que foi realizado em 2007.