Rui Barbosa percorria quase diariamente as livrarias da cidade para comprar livros. A necessidade de ampliação da preciosa biblioteca motivou a aquisição da casa da Rua São Clemente.

O livro é o objeto que melhor o representa - era a sua ferramenta de trabalho. Rui Barbosa e sua biblioteca estão de tal forma ligados, que o conhecimento de um leva ao conhecimento do outro.

Penetrar nesta biblioteca significa descobrir em Rui a sua erudição, as suas preocupações com a sociedade e a curiosidade enciclopédica com que observava o mundo.

Valiosa, especialmente por seu conteúdo, a biblioteca de Rui Barbosa, composta de 37 mil volumes, inclui muitos tesouros. Além de obras sobre assuntos variados, edições raras, há uma significativa coleção de livros sobre a primeira grande guerra e preciosos incunábulos – livros anteriores a 1500.

A coleção jurídica ajudou a construir a fama da biblioteca de Rui, que se tornou uma espécie de meca para juristas e estudantes de Direito. Foi essa mística que fez com que o museu fosse inaugurado em 1930, como museu-biblioteca, centrado especialmente na obra de Rui, em seus livros e no próprio imóvel.

O zelo de Rui pelos livros passava por sua conservação, pelo cuidado com as encadernações, o douramento das lombadas e pelo seu acondicionamento.

Rui reservou quatro gabinetes interligados e em dois deles fez instalar estantes sob medida, a maior delas encimada por monograma, como pode ser observado na visita virtual à sua área de trabalho.

É missão da Fundação Casa de Rui Barbosa, além de preservá-la, decifrar e difundir os segredos contidos nessa biblioteca.