Rui Barbosa sempre gostou de flores e manteve, ao longo da vida, o hábito de cultivar roseiras. Chegou a ter mais de trezentas espécies de rosas.
Em Botafogo, elas o distraíam pelas manhãs. Após horas de estudos e leituras, ia passear no meio delas. A compra de roseiras era uma despesa normal, e sempre enriquecia a coleção.
Cuidava ele mesmo das flores, sempre que tinha algum tempo disponível. Plantou-as principalmente na extensão da pérgula, de modo que cresciam entremeadas à videira.
Em carta a Salvador de Mendonça, datada de 1913, elogiava as rosas e se dizia antigo roseirista, vocação que lhe deixara saudade. No entanto, parece que na velhice a antiga atividade foi recuperada.
Os netos, em especial os filhos de Maria Adélia e Batista Pereira, ali nascidos e criados, lembram do avô "já velhinho" percorrendo o parque, examinando as roseiras. Podava-as uma a uma, tendo sempre ao lado Maria Augusta.
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A rosa
A rosa ganha grande prestígio no século XIX, pela beleza de suas formas e cores e perfume agradável. Originária da antiga Pérsia, foi adotada pelos romanos, que incentivaram o seu cultivo.
Utilizada na culinária e na decoração, contém importante valor simbólico: a rosa branca significa pureza, e a vermelha, paixão. Presentes no Brasil com a chegada dos jesuítas, as rosas ganharam prestígio no século XIX.
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