O Museu Casa de Rui Barbosa passou a ter seu acervo sistematicamente tratado a partir dos anos 60, mas até a década de 90 os elementos decorativos e utilitários encontrados no jardim estiveram desvinculados dessa leitura.
As esculturas, bem como os lampadários, a pérgula, o quiosque, os tanques e a bomba d'água não eram considerados objetos museológicos.
Águia submetendo a serpente Uma águia de asas espalmadas vence uma serpente de cuja boca sai um esguicho d`água que cai em jato curvo no lago fronteiro.
A escultura, em cimento e ferro, é uma alegoria da luta do bem, a águia, contra o mal, a serpente, o emblema deste jardim.
A imagem da águia está relacionada a poder e força; animal sagrado de Júpiter, foi símbolo do Império Romano - as legiões guerreiras levavam à frente uma águia de bronze.
Adotada por outros impérios e por Napoleão Bonaparte, tornou-se símbolo da França. Foi também adotada, em versão estilizada, pelo Partido Nazista alemão, e está presente entre os símbolos dos Estados Unidos.
Rui Barbosa, por seu desempenho na 2ª Conferência da Paz eme Haia, em 1907, foi denominado "Águia de Haia". Embora a estátua pareça referir-se a essa atuação, já estava na propriedade quando Rui a comprou. |
Leões O par de leões, em ferro fundido, da Fundição Val d'Osne, ladeia as escadas de acesso aos salões da Casa. Entre as esculturas animalistas, o leão era o preferido para as entradas dos palacetes, evocando nobreza e distinção ao proprietário.
A herma Na Grécia Antiga, herma era um pilar quadrado ou retangular de pedra, terracota ou bronze sobre o qual se colocava uma cabeça do deus Hermes.
O pilar era mais largo na parte de cima, como símbolo de virilidade e disposição à luta. Esculpida em mármore branco pelo artista português Rodolfo Pinto do Couto, a herma para a qual Rui Barbosa posou em 1918 fica localizada na entrada da Casa. Foi oferecida à Casa em 1936, pelo interventor baiano Juraci Magalhães. | |