PERFIS BIOGRÁFICOS

Abraão Batista

Cearense de Juazeiro do Norte, Abraão Batista, nasceu em 1935 e além de poeta é conhecido por suas xilogravuras. Em sua obra predominam os temas cômicos e a inserção de personagens típicos da cultura de massa no universo da literatura de cordel como no folheto “Encontro de Lampião com Kung Fu em Juazeiro do Norte, Ceará”. Outros pontos fortes de sua obra são as atualidades e a crítica de costumes, presentes nos folhetos: “O entrechoque do divórcio na sociedade brasileira” e “Discussão de um rapaz velho com uma coroa cafona”

Antonio Alves da Silva

Antonio Alves da Silva nasceu em 1928 no município de Mata de São João na Bahia. Autor dos mais expressivos da literatura de cordel baiana, o poeta publicou mais de cem títulos, boa parte dos quais pela editora Luzeiro de São Paulo. Sua obra reconhecida e premiada tem como traços dominantes as histórias de aventura e as sátiras sociais, como exemplificam os folhetos: “A princesa Jerusa e o gigante da ilha encantada” e “A crise na porta do pobre”

Antonio Teodoro dos Santos

Antonio Teodoro dos Santos, conhecido como Poeta Garimpeiro, nasceu em 1916 no município de Jaguarari na Bahia. Autor de uma extensa lista de títulos, a maioria dos quais lançados pela antiga editora Prelúdio, o poeta ficou famoso por seu poema “Vida e tragédia do presidente Getúlio Vargas” com 280 mil exemplares vendidos. Seus folhetos se ocupam, em geral, da história de heróis ou anti-heróis, reais ou imaginários. Entre estes se destacam: “A vida criminosa de Antonio Silvino”, “A vida de Pedro Malazarte” e “A vida de Pedro Sem e sua chegada ao céu”

Apolônio Alves dos Santos

Nascido em Guarabira, na Paraíba, Apolônio Alves dos Santos transferiu-se em 1950 para o Rio de Janeiro onde trabalhou como pedreiro antes de começar a se dedicar ao cordel. Foi poeta atuante na Feira de São Cristóvão – RJ, por ele retratada no folheto “A feira dos nordestinos no Campo de São Cristóvão – RJ”. Morreu em 1998, em Campina Grande, na Paraíba deixando mais de 120 títulos publicados. Em sua obra, a imagem de um Rio de Janeiro marcado pela exclusão e pela exploração está presente em títulos como: “O agricultor nordestino que veio trabalhar na obra do Rio de Janeiro”, que conta a sua própria história, e “Greve, crise e carestia no Brasil dos tubarões”.

Caetano Cosme da Silva

Nascido em Nazaré da Mata, Pernambuco, no ano de 1927, Caetano Cosme da Silva residiu em Paudalho (PE) e Itabaiana (SE) antes de se fixar em Campina Grande (PB) em 1976. Além de poeta foi agente da editora de João José da Silva, por onde publicou a maior parte de sua obra. Em 1966 fundou sua própria editora: a Folheteria São Caetano. Entre seus temas preferidos constam as profecias como se observa em inúmeros folhetos de sua autoria. Entre estes, se destacam: “A carta do apóstolo Paulo ao mundo sobre os sinais do fim da era” e “A verdadeira profecia e almanaque de Frei Vidal da Penha, o profeta da verdade para o ano de 1982”.

Cego Aderaldo

Célebre por suas cantorias, Aderaldo Ferreira Araújo, o “Cego Aderaldo” como era conhecido, nasceu no Crato, Ceará, em torno de 1880 e faleceu em Fortaleza em 1967 com quase 90 anos de idade. Seus versos e sua fama percorreram todo Brasil.  Em um de seus folhetos, homenageia o político carioca Carlos Lacerda: “ABC de Lacerda – a história do político e jornalista que nunca se vendeu”

Cuíca de Santo Amaro

Nascido em Salvador em 1907, José Gomes, o famoso Cuíca de Santo Amaro, foi um dos cordelistas mais populares da Bahia. Fazia ponto no Elevador Lacerda onde vendia seus folhetos, atividade da qual sobreviveu até a sua morte em 1964. Foi uma espécie de repórter e cronista do cotidiano da cidade. Seus versos relatavam casos e espalhavam fofocas. Nada escapava ao seu registro bem humorado: um fato intrigante, um assassinato, um marido traído, o caso de um patrão com uma empregada. Exótico, sempre vestido de fraque e cartola, “Ele, o tal” (como costumava se autodenominar) acabou entrando para a história. No cinema participou do filme “A Grande Feira” de Roberto Pires e inspirou o personagem Dedé Cospe Rima de “O pagador de promessas” dirigido por Anselmo Duarte. Inspirou também personagens de vários romances de Jorge Amado. Sua forma jocosa de retratar o cotidiano é exemplificada em folhetos como: “A greve de ônibus por Ele, o tal”, “A mulher que deixou o marido desarmado”, “A mulher que adulterou o esposo”, entre outros.

Delarme Monteiro da Silva

Delarme Monteiro da Silva nasceu em Recife, Pernambuco em 1918. Aos 20 anos publicou seu primeiro folheto pela editora de João Martins de Ataíde com quem trabalhou como tipógrafo. Com uma produção extensa e reconhecida por sua qualidade, o poeta se distingue pelos temas de mistério e encantamento, presentes em vários de seus folhetos: “Os mistérios da fada da Borborema”, “O mistério dos três anéis” e “O sino da Torre Negra.”    

Elias de Carvalho  

Pernambucano de Timbaúba, Elias de Carvalho, viveu no Rio de Janeiro, na cidade de Petrópolis, onde trabalhou como enfermeiro em um sanatório. Sua experiência na área médica, sempre conciliada com as atividades de poeta, sanfoneiro e repentista, sobressai no folheto “O ABC do corpo humano – pequeno tratado de anatomia humana” que se destaca entre dezenas de outros títulos que publicou ao longo de sua vida. É visível também em sua obra o interesse por questões relacionadas ao cordel, manifestado em títulos como “Casa de Cultura São Saruê” dedicado ao espaço onde funciona a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, e “Memória de poetas inesquecíveis”.

Enéias Tavares dos Santos

Enéias Tavares dos Santos nasceu em Marechal Deodoro, Alagoas, no ano de 1931. Em 1947, na Bahia, tornou-se vendedor de folhetos. Seu primeiro poema foi escrito em 1953. Realizou também inúmeros trabalhos em xilogravura, entre os quais uma Via Sacra para a Galeria de Arte de Aracaju. Seus poemas versam, em geral, sobre moralidades, animais, casos extraordinários e aberrações: “A discussão de dois matutos por causa de um jumento” e “A recompensa do diabo ou o castigo da falsidade.”

Expedito Freire Silva

Expedito Freire Silva nasceu na cidade de Belo Jardim, em Pernambuco no ano de 1933. Entrou na literatura de cordel ainda criança, como vendedor de folhetos. Aos 17 anos escreveu seu primeiro poema. Tornou-se conhecido na década de 1960 com um folheto sobre o presidente John Kennedy. Em 1965 foi para a Bahia e em seguida para o Rio de Janeiro onde atuou como membro da Ordem Brasileira dos Poetas de Literatura de Cordel e na Feira de São Cristóvão, como vendedor de cordéis e divulgador da cultura nordestina. Sua presença no Rio de Janeiro é visível nos folhetos que escreve, voltados ao relato de casos ocorridos na cidade como “O grande incêndio do Museu de Arte Moderna” ou à busca de comparação entre o Rio e o Nordeste como, por exemplo, em “No sertão é tudo direito, no Rio tudo é errado.”

Expedito Sebastião Silva

Expedito Sebastião Silva, nasceu em 1928, em Juazeiro do Norte, Ceará, onde viveu toda a sua vida trabalhando como poeta, tipógrafo e revisor, atividades exercidas na Tipografia São Francisco de propriedade de José Bernardo da Silva. Seu primeiro folheto, intitulado “A moça que dançou depois de morta em São Paulo” foi escrito em 1948. “As aventuras de Lulu na capital de São Paulo” e “A marcha dos cabeludos e os usos de hoje em dia”, são outros exemplos do interesse do poeta pela temática de costumes e pela vida da metrópole paulistana.

Firmino Teixeira do Amaral

Piauiense da cidade de Luis Correia, Firmino Teixeira do Amaral mudou-se ainda jovem para Belém do Pará, onde compôs toda a sua obra. Principal poeta da Editora Guajarina, de propriedade de Francisco Lopes, entre seus títulos mais conhecidos destaca-se a famosa “Peleja de Cego Aderaldo com Zé Pretinho do Tucum”, gravada por Nara Leão e João do Vale no disco Opinião. Ao poeta é atribuída a invenção de um novo gênero na cantoria, o trava-língua. Os seus temas preferidos são as histórias de amor e as de animais, estas últimas exemplificadas em “A festa dos bichos ou as aventuras de um porco embriagado” e “O casamento do bode com a raposa: história completa”

Franklin Machado

Franklin de Cerqueira Machado, Maxado Nordestino, nasceu em Feira de Santana, Bahia, em 1943. Formado em direito e jornalismo, Maxado, após quinze anos trabalhando em jornais de São Paulo, retornou a sua terra natal onde hoje se dedica integralmente à xilogravura e à poesia de cordel. Sua relação com o jornalismo é visível nos seus folhetos. Escritos em uma linguagem nova e direta, voltados, principalmente, para os temas da atualidade, seus cordéis abordam assuntos sociais e políticos quase sempre pelo viés satírico. O comportamento feminino é alvo de inúmeros folhetos de sua autoria, como, por exemplo: “Eu quero ser madamo e casar com feminista”, “Debate de Lampião com uma turista americana”, “A madame sulista que foi no mangue baiano”, “Aventuras duma doutora carioca e feminista”. Além de centenas de folhetos, é autor de livros básicos sobre cordel, entre os quais: “O que é literatura de cordel” e “O cordel televisivo – futuro, presente e passado da literatura de cordel”, ambos editados pela Codecri (RJ), de sua propriedade.   

João Antonio de Barros (Jotabarros)

João Antonio de Barros, mais conhecido como Jotabarros, nasceu em 1935 no município de Glória do Goitá em Pernambuco. Em 1973 transferiu-se para São Paulo onde residiu até a sua morte, no início do presente ano (2009). Vivendo exclusivamente da arte popular, Jotabarros, que se tornou famoso graças à xilogravura, atuou também como repentista e poeta. Muitos de seus folhetos servem como registro do olhar do migrante nordestino sobre a cidade de São Paulo, retratada, com freqüência, em sua obra: “A metamorfose é só em São Paulo” e “Bebê diabo apareceu em São Paulo”.   

João José da Silva

João José da Silva nasceu em 1922 em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. Ainda criança já improvisava versos. Escreveu seu primeiro poema “O macaco misterioso” em 1947. O poeta, que residiu durante a maior parte de sua vida na cidade de Recife, onde faleceu em 1997, trabalhou exclusivamente no ramo da literatura de cordel, atuando como cordelista e editor. Sua obra, publicada pela Folheteria Luzeiro do Norte, de sua propriedade, tem como destaque o personagem Chico Vira-Mundo e outros da mesma linhagem do anti-herói exagerado que servem de título a inúmeros folhetos de sua autoria: “Arrebente-Mundo”, “Bate-Mundo”, “Cava-Mundo”, “Fura-Mundo” e “Lasca-Mundo”.

João Severino de Lima

João Severino de Lima nasceu em 1909 na cidade de Patos na Paraíba. Em 1935 começou a escrever poesias e a cantar. Seus folhetos tratam, sobretudo, de temas relacionados à moral, à religião e à história. Entre estes se destacam: “A história de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes” e “A história do homem que quis matar Frei Damião.”

Joaquim Batista de Sena

Paraibano de Fazenda Velha, hoje município de Solânea, Joaquim Batista de Sena, nasceu em 1912 e durante toda a sua vida se dedicou à poesia popular. Começou no final dos anos 1930 como cantador de viola e, em seguida, iniciou a composição de poemas. Autor de uma poesia rica na descrição dos costumes, da flora, da fauna e da geografia nordestina, publicou até a sua morte, no início da década de 1990, uma extensa lista de folhetos e “romances”, gênero no qual se distinguiu. Entre estes últimos se destacam: “A filha noiva do pai ou amor, culpa e perdão”, de 32 páginas e “A história da princesa Carmelita amada de 3 amantes”, de 16 páginas.

José Bernardo da Silva

Poeta e editor popular de prestígio, José Bernardo da Silva saiu de Alagoas, seu estado natal, em meados dos anos 1920 para fixar-se em Juazeiro do Norte, no Ceará onde fundou a mais renomada editora popular de todos os tempos. Inicialmente voltada à impressão dos folhetos do próprio José Bernardo e de outros poetas da região, a Tipografia São Francisco ganhou impulso extraordinário com a aquisição dos direitos autorais das obras editadas por João Martins Ataíde entre as quais as de Leandro Gomes de Barros. Devido a essa prática, antigamente comum na literatura de cordel, de transferência de direitos autorais de um autor para um editor, o nome de José Bernardo aparece em inúmeros folhetos de autoria alheia o que torna difícil precisar os que foram efetivamente escritos por ele. O seu acervo de mais de 200 obras passou, com o fim da Tipografia São Francisco, para Lira Nordestina, hoje subordinada a URCA - Universidade Regional do Cariri.

José Cavalcanti e Ferreira Dila

José Soares da Silva, ou Mestre Dila, como costuma ser chamado, vive há mais de 50 anos na cidade de Caruaru, Pernambuco, onde trabalha como poeta e xilogravurista. Famoso pelos poemas dedicados à Lampião, Dila é autor de uma extensa produção, cujo tema predominante é o cangaço, representado em seus folhetos em versos e gravuras que, além das capas, ilustram, também, as páginas interiores. Segundo o poeta, o cangaço, independente do cangaceiro ou da façanha praticada, esteve sempre associado à figura de Virgulino Ferreira. Porém, lembra ele em um de seus folhetos “Nem tudo foi Lampião”. Conhecido como multiplicador de Lampiões, Dila, a exemplo de seu personagem favorito, também é múltiplo. Apesar das diversas assinaturas adotadas, foi como José Cavalcanti e Ferreira Dila que ele assinou a maior parte de seus folhetos, vinculando-se, através do sobrenome Ferreira, à legenda de Lampião. Entre seus inúmeros folhetos dedicados ao cangaço destancam-se: “Os lampiões”, “Dila o ex-cangaceiro”, “Cangaceiros e revoltosos”, “Amantes de cangaceiro”, entre outros.

José Francisco Borges (J. Borges)

José Francisco Borges, ou J. Borges nasceu em 1935 no município de Bezerros, em Pernambuco, onde permanece até hoje trabalhando como poeta e xilogravurista. Todos os seus folhetos, com exceção do primeiro, foram ilustrados com suas próprias xilogravuras que já foram expostas em diversas cidades do Brasil. No exterior sua obra percorreu países como Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Venezuela e México. Artista voltado para o universo cultural do povo nordestino, J. Borges coleciona admiradores e uma extensa lista de prêmios nacionais e internacionais. Sua poesia segue uma tendência comum na literatura de cordel atual, voltada para a propaganda de empresas públicas ou privadas, como é visível nos cordéis “A eletrificação rural e o progresso do homem do campo” e “A Philips em versos e a arte popular do Nordeste”

José Galdino da Silva Duda

José Galdino da Silva Duda nasceu em 1866 no município de Itabaiana na Paraíba, mas foi em Recife que ganhou fama como violeiro e repentista. Morreu em 1931, consagrado como “mestre dos cantadores”. “Encontro de Antonio Marinho com Zé Duda no Recife em 1915” registra uma de suas pelejas mais notáveis.

Luiz Nunes Alves (Severino Sertanejo)   

Luiz Nunes Alves, conhecido como Severino Sertanejo, nasceu em 1934 no município de Água Branca, na Paraíba. Formado em direito, trabalhou na Receita Federal, no Banco do Nordeste do Brasil e na Universidade Federal da Paraíba onde atuou como professor de Direito Financeiro. Em 1979 ingressou no Instituto Histórico e Geográfico Paraibano onde recebeu a Comenda do Mérito Cultural. Sua obra se destaca pelo interesse pela temática histórica presente, por exemplo, em “A morte de João Pessoa e a Revolução de 30” e “História da Paraíba em versos”.

Paulo Nunes Batista

Paulo Nunes Batista, filho do famoso cordelista Francisco das Chagas Batista, nasceu em 1924 em João Pessoa, na Paraíba. Transferido para Anápolis, Goiás, o poeta, que é também jornalista e advogado, compôs dezenas de folhetos, entre os quais se destacam os ABCs presentes em inúmeros títulos: “ABC para os advogados”, “ABC da APAE”, “ABC da bicicleta”, “ABC da luz”. Outra característica do poeta são os folhetos de utilidade pública voltados para o esclarecimento da população.

Pacífico Pacato Cordeiro Manso

Pacífico da Silva, conhecido como Cordeiro Manso, nasceu em Quebrangulo, Alagoas, em 1865. Entre 1916 e 1926 residiu no Sul do país nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Poeta de grande reconhecimento no seu tempo, Cordeiro Manso dedicou-se a escrever, principalmente, romances, entre os quais se destaca: “Casamento e mortalha no céu se talha”. Morreu em 1931 em Maceió.

Patativa do Assaré

Antonio Gonçalves da Silva nasceu no Ceará, em 1909, na cidade de Assaré. Tendo freqüentado uma escola por apenas quatro meses, aos 12 anos de idade, Patativa, aos 16, começou a cantar de improviso, glosando os motes que lhe eram sugeridos. Sem nunca ter interrompido seu trabalho como agricultor, o poeta, que costumava compor seus versos de cabeça enquanto lavrava a terra, se celebrizou por uma obra marcada pelos tons de denúncia social. Consagrado na voz de Luiz Gonzaga, seu poema, “A triste partida”, o tornou conhecido em todo Brasil. Faleceu em 2002 na mesma cidade em que nasceu deixando uma obra extensa e variada, composta tanto de poemas de cunho político e social quanto de histórias de aventuras como a narrada no romance “A lâmpada de Aladim”, de 32 páginas.

Severino Borges da Silva

Severino Borges da Silva nasceu em Aliança, Pernambuco em 1919. Passou a maior parte de sua vida em Timbaúba (PE) trabalhando como violeiro, cantador e poeta popular. Apesar de ter escritos inúmeros folhetos, quase todos publicados pela Folheteria Luzeiro do Norte, foi como repentista que se tornou conhecido no Nordeste. Entre seus folhetos se destacam: “A princesa Maricruz e o cavaleiro do ar”, “Aladim e a lâmpada maravilhosa” e “As bravuras de um sertanejo”

Severino Lourenço da Silva Pinto (Pinto do Monteiro)

Severino Lourenço da Silva Pinto nasceu em 1895, no município de Monteiro na Paraíba. Respeitado entre os cantadores, Pinto do Monteiro, apelidado de “cascavel do repente” foi imbatível no seu ofício. Morto em 1990, o poeta foi homenageado em 2006, no projeto Paraíba com Memória que publicou no Jornal da Paraíba um caderno especial sobre sua vida e sua arte. Uma de suas mais notáveis pelejas foi reproduzida no folheto: “Peleja de Severino Milanês com Severino Pinto”

Valeriano Felix dos Santos

Valeriano Félix dos Santos nasceu no Distrito de Igreja Velha, atual Palmares em Sergipe no ano de 1926. Foi educado no Exército, onde fundou o jornal “O carteiro” e, em seguida, trabalhou como funcionário público. Apesar de nunca ter se dedicado exclusivamente à literatura de cordel, é autor de uma quantidade considerável de folhetos com temas diversificados que variam entre o amor, o humor e a política, sempre observada de um ponto de vista otimista e patriótico como, por exemplo, em: “Somos brasileiros livres e cheios de fé no Brasil” e “Tancredo Neves, um novo presidente”